Somos Letras
Escreva... Escreva o que vier em sua mente. É assim que sobrevivo e convivo com o conturbado: escrevendo. Coloco todo meus pensamentos, meus sentimentos, meus projetos numa folha em branco. É o único modo de pensar e expressar quem realmente sou.
Afinal, quem sou eu? Sou apenas letras? Muitos já me disseram que sim. Na verdade, sou linhas grosseiras e tortas, rabiscos e riscos pertubadores de tentativas, sou letras cheias de complexidade coberta por uma fonte superficial: a fonte inexistente.
É... talvez eu realmente seja quem nunca desiste até provar que tentou ao máximo, aquela que no obscuro ou até mesmo na nitidez se passa despercebida a imagem da delicadeza e serenidade. Ou até mesmo aquela que superficialmente sse mostre alegre e robusta, que por trás desses sorrisos ao vento, se tenha um olhar perdido, privado e inalcançável. Guardada pelo passado, reprimida por um sentimento que é só meu. Tal sentimento é ignorado dentro de mim para não me lamentar de não ser a fonte que escrevo.
As palavras muitas vezes dizem quem somos, mas as fonte nos entrega ao clarão de cada canto de nosso ser.